O número de adolescentes que sofrem com depressão aumentou desde 2011, e as adolescentes são mais propensas à depressão do que os meninos nessa idade. As mídias sociais podem ser um fator determinante para esse problema. No mundo, segundo a OMS 322 milhões de pessoas são afetadas pela depressão. Já no Brasil, 5,8% da população sofre com isso, cerca de 11,5 milhões de brasileiros.
Mas não é só apenas entre os adolescentes que o número de mulheres com depressão é maior, esse número se mantém até a terceira idade. Isso não é um dado surpreendedor, pois apesar dos ganhos em emprego, educação e salários, as mulheres ainda são continuamente bombardeadas com mensagens das mídias sobre suas aparência. Desde sempre a cultura buscou encaixar as mulheres em um certo padrão que traz muitos benefícios para o lado psicológico.
A popularidade seja do Facebook, Instagram, Snapchat faz com que esse foco na aparência se intensifique, gerando um ambiente de competitividade e julgamento. Além de procurar tratamento com profissionais, existem certas atitudes que podemos implementar em nossa vida que ajudam a nossa saúde física e mental.
Uma delas é cuidar da sua dieta, pois ela pode ter um efeito profundo na sua saúde mental. Anormalidades gastrointestinais tem sido associadas a uma gama de problemas psicológicos como depressão, ansiedade, hiperatividade e esquizofrenia.
Uma explicação para isso é porque o intestino e o cérebro são conectados pelo nervo vago, esse nervo é a principal via usada pelas bactérias intestinais para transmitir informações ao cérebro, o que pode explicar por que a saúde mental está ligada com o microbioma intestinal.
Algumas bactérias intestinais de fato produzem neurotransmissores que aumentam o humor. Não é a toa que a mais concentração de serotonina é encontrada no intestino, não no cérebro. Descobriram que os microorganismos no nosso intestino secretam um número de produtos químicos, que são as mesmas usadas pelos nossos neurônios para se regular o humor, como dopamina, serotonina e ácido gama-aminobutírico.
Então qual mudança alimentar podemos fazer para melhorar a depressão?
Coma alimentos fermentados todos os dias, quanto mais variedade, melhor;
Coma muita fibra, encontradas em sementes de linhaça, chia, brócolis, couve-flor, ervilhas, alho-poró entre outros.
Aumente o consumo de gorduras saudáveis como abacate, óleo de coco, manteiga e gemas de ovos.
Normalize a proporção de ômega-6 para ômega-3, aumentando o ômega-3 de origem animal encontrada no salmão, sardinha ou suplementos. Reduzindo o ômega-6 evitando alimentos processados,óleos vegetais entre outros.
Consuma mais alimentos orgânicos, pois os não orgânicos contém glifosato, um pesticida que causa deficiências nutricionais, especialmente minerais essenciais para a função cerebral e controle do humor.
Evite adoçantes artificiais, especialmente o aspartame, pois podem causar estragos na função. Tanto depressão quanto ataques de pânico são efeitos colaterais conhecidos do consumo de aspartame.
Além da dieta a luz solar tem um impacto na nossa saúde mental, pois a deficiência de vitamina D está associada a maior risco de depressão. Por exemplo,um nível de vitamina D abaixo de 20 nanogramas por mililitro pode aumentar o risco de depressão em até 85%, em comparação a um nível superior a 30ng/ml, além do que níveis adequados dessa vitamina pode aliviar os sintomas da depressão.
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