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Foto do escritorRonaldo Gorga

CORONAVÍRUS: Obesidade é um fator de risco



Se a pandemia do COVID-19 está nos ensinando alguma coisa, é pensar no próximo e que é importante ser saudável para ter um sistema imunológico fortalecido. Além dos idosos, pessoas com condições de saúde subjacentes como diabetes, doenças cardíacas e outras, estão no grupo de risco,correndo um maior risco de complicações.O que você pode não saber é que a obesidade enquadra grupo de risco.


Isso não devia ser uma surpresa, já que a obesidade está relacionado com a maioria das doenças ligadas a maiores complicações do COVID-19, como diabetes, doenças cardíacas, sistema imunológico enfraquecido, além de que a gordura causa maior peso no pulmão, tornando a respiração mais complicada.


Alguns estudos ligaram obesidade com aumento do risco de infecções, pois existe uma ligação entre o tecido adiposo e a função imunológica, já que esses tecidos secretam hormônios semelhantes às citocinas, chamados adipocinas, fatores que podem ser pró ou anti-inflamatórios que ligam o metabolismo ao sistema imunológico.


A leptina é historicamente uma das adipocinas mais relevantes, com importantes papéis

fisiológicos no controle central do metabolismo energético e na regulação da interação metabolismo-sistema imunológico. De fato, o receptor de leptina é expresso em todo o sistema imunológico e demonstrou-se que a leptina regula as respostas imunes inatas e adaptativas.


A boa notícia, é claro, é que você tem muito controle sobre sua própria saúde. Obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas são todos reversíveis, então seria sensato buscar melhorar sua saúde do que mascarar ou controlá-la com drogas paliativas.


Garantir uma alimentação saudável recheada de alimentos reais como legumes e verduras (sem implementar uma dieta restritiva a curto prazo) e implementar uma rotina de exercícios são os principais pilares para uma saúde e imunidade fortes. Não para por aí, de acordo com uma pesquisa da Redox Biology, publicada dia 19 de março de 2020, o exercício regular pode ajudar a prevenir a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), uma complicação letal e principal causa de óbito entre pacientes com COVID-19.


Mas o porquê disso é que muitas pessoas não sabem, um antioxidante endógeno (significa que é produzido dentro do corpo) o superóxido dismutase extracelular (SOD) que é produzida e excretada dos músculos para a circulação sanguínea. Esse antioxidantes protege os tecidos e evita doenças, eliminando radicais livres nocivos e a maneira para aumentar a secreção do SOD é praticando atividade física.


Mesmo uma pequena sessão de exercícios aumenta a produção desse valioso antioxidante, então mesmo com o distanciamento social, você precisa buscar meios de se exercitar em casa.


Mesmo se você tiver uma certa idade, continue praticando atividade física, mesmo nesse momento delicado, pois uma dieta saudável e exercícios podem moldar seu sistema imunológico durante o envelhecimento, pois com o aumento da idade o sistema imunológico passa por um processo de remodelação chamado imunossenescência, que é acompanhado por mudanças nos leucócitos e várias funções das células imunes.


Clinicamente, a imunossenescência é caracterizada pelo aumento da suscetibilidade a infecções, reativação mais frequente de vírus latentes, diminuição da eficácia da vacina e aumento da prevalência de autoimunidade e câncer.


Fisiologicamente, o sistema imunológico possui algumas estratégias adaptativas para lidar com o envelhecimento. Embora a falta de atividade física, a diminuição da massa muscular e o mau estado nutricional facilitem a imunosensibilidade e a inflamação, fatores do estilo de vida, como exercícios e hábitos alimentares, afetam positivamente o envelhecimento imune.


Estudos demonstraram que exercícios melhoram a função das células natural killer (NK) e dos neutrófilos (glóbulos brancos), que fazem parte do sistema imunológico inato. Os ensaios de intervenção também demonstraram que o exercício melhora as características da imunidade inata, como a redução de certos monócitos pró-inflamatórios (que são indicativos de infecção).


No geral, os resultados indicaram que o aumento da atividade física habitual melhora suas funções imunológicas inatas, o que é indicativo de risco reduzido de infecção e potencial inflamatório.Também foi demonstrado que o exercício melhora a proliferação de células T induzida por mitogênio, que está associada ao melhor funcionamento do sistema imunológico adaptativo.


Então pratique uma rotina de exercícios regular, independente da sua idade ou se já praticava atividade antes ou não, nunca é tarde para começar, procure treinos para fazer dentro de casa e mesmo depois da quarentena continua ativo, fuja do sedentarismo para ter uma saúde ideal.



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