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Foto do escritorRonaldo Gorga

Fazer exercícios em jejum queima mais gordura?

Estudos recentes destacam os benefícios notáveis do exercício em jejum para alcançar seus objetivos de perda de peso e redução da gordura corporal. Diferenciando-se do exercício regular, o treino aeróbico em jejum demonstrou não apenas uma diminuição significativa no peso corporal, mas também uma redução notável no percentual de gordura corporal.



Além disso, a prática combinada de exercício e jejum induz um estresse oxidativo agudo que pode, paradoxalmente, fortalecer seus músculos. Este processo é crucial para manter a vitalidade muscular, estimulando a produção de antioxidantes essenciais como a glutationa e a superóxido dismutase (SOD). Esses antioxidantes protegem as mitocôndrias e promovem uma maior resistência muscular ao estresse oxidativo, resultando em uma capacidade aprimorada para gerar força e resistir à fadiga.


Ori Hofmekler, renomado especialista em condicionamento físico e autor de obras como "Unlock Your Muscle Gene" e "The 7 Principles of Stress", ressalta que essa abordagem não só preserva a juventude biológica dos músculos, mas também pode rejuvenescer tanto o cérebro quanto o corpo. A prática combinada de exercício em jejum desencadeia a expressão de genes e fatores de crescimento, como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e os fatores reguladores miogênicos (MRFs).

O BDNF promove a formação de novos neurônios, enquanto os MRFs são cruciais para o desenvolvimento e a regeneração muscular. Em resumo, o exercício em jejum não apenas ajuda a atingir seus objetivos de perda de peso, mas também desencadeia processos biológicos que mantêm seu cérebro, neuromotores e fibras musculares em condições ótimas, promovendo uma sensação duradoura de juventude e vitalidade.


Potencialize a Regeneração Celular com o Exercício em Jejum


O exercício em jejum não apenas oferece vantagens na queima de gordura, mas também impulsiona a regeneração celular, estimulando a produção de novas células-tronco. Durante a fase de realimentação após o jejum, o corpo inicia um processo de reconstrução, substituindo as células danificadas pela autofagia.


Para intensificar ainda mais esse processo regenerativo, a prática de exercícios de força pela manhã, antes de interromper o jejum, é altamente recomendada. Durante o jejum, os níveis de hormônio de crescimento aumentam significativamente, atingindo até 300% em períodos prolongados de jejum.


Embora isso possa parecer contraditório, uma vez que o hormônio de crescimento normalmente estimula a produção de IGF-1, o qual inibe a autofagia, durante o jejum, os receptores de hormônio de crescimento no fígado se tornam menos sensíveis, resultando em uma diminuição dos níveis de IGF-1.


Dessa forma, o jejum pode ser comparado a uma potente injeção de hormônio de crescimento e a um transplante de células-tronco, promovendo uma renovação celular profunda. Ao incorporar o treino de força estrategicamente antes da realimentação, você otimiza esses benefícios regenerativos, impulsionando a saúde e o vigor do seu corpo de maneira eficaz e natural.


Aprimore sua Saúde Metabólica com o Exercício em Jejum


O exercício em jejum não só oferece uma abordagem eficaz para a perda de peso, mas também se revela uma estratégia poderosa na prevenção do diabetes tipo 2. Um estudo de 2010 destacou que os participantes que se exercitaram em jejum experimentaram um aumento significativo de 28% nos níveis de GLUT4, uma proteína muscular fundamental na sensibilidade à insulina.


A GLUT4 desempenha um papel crucial ao facilitar o transporte de glicose para as células, promovendo uma resposta mais eficiente à insulina. Esses resultados foram observados mesmo em indivíduos que consumiram uma dieta hipercalórica, indicando que o exercício em jejum pode compensar os efeitos adversos de uma ingestão calórica excessiva, especialmente quando uma parcela significativa dessas calorias é proveniente de gorduras.


Portanto, ao incorporar o exercício em jejum à sua rotina, você não apenas fortalece sua capacidade de queimar gordura, mas também aprimora sua sensibilidade à insulina, contribuindo para uma saúde metabólica otimizada e reduzindo o risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2.








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