É evidente que as crianças estão cada vez mais expostas a uma variedade de dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets, computadores e televisões. Embora esses dispositivos tragam conveniência ao cotidiano, é crucial lembrar que a exposição prolongada pode prejudicar o desenvolvimento infantil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças com menos de 2 anos de idade não tenham contato com telas. Dos 2 aos 8 anos, o uso de telas é permitido por no máximo uma hora diária. Além disso, é importante ressaltar que o uso de celulares só é recomendado após os 8 anos de idade.
Problemas emocionais:
A exposição prolongada aos dispositivos eletrônicos pode significativamente afetar o bem-estar emocional das crianças, contribuindo para distúrbios como depressão, ansiedade e, em casos mais graves, manifestações de agressividade.
Prejudica o desenvolvimento do cérebro:
Crianças muito pequenas expostas a telas correm o risco de enfrentar atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento da impulsividade, diminuição da capacidade de regular emoções e déficit de atenção.
A Distração Passiva, caracterizada pelo consumo passivo de vídeos e jogos nas telas, é prejudicial, pois difere significativamente da brincadeira ativa, na qual a criança participa ativamente, exercitando a imaginação e o desenvolvimento. É importante ressaltar que o ato de brincar é um direito universal e fundamental para o desenvolvimento mental e cerebral de todas as crianças.
Obesidade infantil:
Quanto mais expostas às telas, mais sedentárias as crianças tendem a ficar, reduzindo a atividade física e queimando menos calorias, o que aumenta o risco de ganho de peso.
Estudos também indicam outros problemas decorrentes da exposição excessiva, como possível dependência digital, problemas visuais como miopia, transtornos alimentares, problemas auditivos, posturais e a síndrome visual do computador.
Além disso, a exposição prolongada aumenta a vulnerabilidade ao cyberbullying e o risco de abusos sexuais e pedofilia. Esses são alertas essenciais para pais e cuidadores sobre os impactos negativos da tecnologia na saúde e segurança das crianças.
Orientações para pais e cuidadores:
Faça acordos sobre o tempo permitido para uso de dispositivos eletrônicos. |
Estabeleça regras claras sobre o uso de dispositivos eletrônicos, como evitar o uso duas horas antes de dormir e durante as refeições. |
Reconheça que as crianças têm dificuldade em compreender a passagem do tempo e, portanto, é responsabilidade dos adultos limitar seu uso. |
Mantenha-se firme e cumpra os acordos estabelecidos, ensinando assim à criança a importância do compromisso. |
Tenha conversas abertas sobre os perigos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos, destacando os impactos na saúde. |
Monitore regularmente as atividades online da criança, como mensagens e aplicativos em celulares, tablets e computadores. |
Demonstre um comportamento exemplar, passando mais tempo em família e longe dos eletrônicos sempre que possível. |
Certifique-se de que um adulto esteja sempre presente durante o uso de dispositivos eletrônicos, evitando o acesso solitário, especialmente em quartos fechados. |
Referência
neurocientista-adverte-as-telas-sao-um-perigo-para-os-nossos-filhos
neuroconecta.com.br/excesso-de-telas-e-seu-impacto-no-desenvolvimento-infantil
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