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Foto do escritorRonaldo Gorga

Quais os riscos de excesso de telas na infância?

É evidente que as crianças estão cada vez mais expostas a uma variedade de dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets, computadores e televisões. Embora esses dispositivos tragam conveniência ao cotidiano, é crucial lembrar que a exposição prolongada pode prejudicar o desenvolvimento infantil.



A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças com menos de 2 anos de idade não tenham contato com telas. Dos 2 aos 8 anos, o uso de telas é permitido por no máximo uma hora diária. Além disso, é importante ressaltar que o uso de celulares só é recomendado após os 8 anos de idade.


Problemas emocionais: 


A exposição prolongada aos dispositivos eletrônicos pode significativamente afetar o bem-estar emocional das crianças, contribuindo para distúrbios como depressão, ansiedade e, em casos mais graves, manifestações de agressividade.


Prejudica o desenvolvimento do cérebro: 


Crianças muito pequenas expostas a telas correm o risco de enfrentar atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento da impulsividade, diminuição da capacidade de regular emoções e déficit de atenção.


A Distração Passiva, caracterizada pelo consumo passivo de vídeos e jogos nas telas, é prejudicial, pois difere significativamente da brincadeira ativa, na qual a criança participa ativamente, exercitando a imaginação e o desenvolvimento. É importante ressaltar que o ato de brincar é um direito universal e fundamental para o desenvolvimento mental e cerebral de todas as crianças.


Obesidade infantil: 


Quanto mais expostas às telas, mais sedentárias as crianças tendem a ficar, reduzindo a atividade física e queimando menos calorias, o que aumenta o risco de ganho de peso.


Estudos também indicam outros problemas decorrentes da exposição excessiva, como possível dependência digital, problemas visuais como miopia, transtornos alimentares, problemas auditivos, posturais e a síndrome visual do computador.


Além disso, a exposição prolongada aumenta a vulnerabilidade ao cyberbullying e o risco de abusos sexuais e pedofilia. Esses são alertas essenciais para pais e cuidadores sobre os impactos negativos da tecnologia na saúde e segurança das crianças.


Orientações para pais e cuidadores:

Faça acordos sobre o tempo permitido para uso de dispositivos eletrônicos.

Estabeleça regras claras sobre o uso de dispositivos eletrônicos, como evitar o uso duas horas antes de dormir e durante as refeições.

Reconheça que as crianças têm dificuldade em compreender a passagem do tempo e, portanto, é responsabilidade dos adultos limitar seu uso.

Mantenha-se firme e cumpra os acordos estabelecidos, ensinando assim à criança a importância do compromisso.

Tenha conversas abertas sobre os perigos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos, destacando os impactos na saúde.

Monitore regularmente as atividades online da criança, como mensagens e aplicativos em celulares, tablets e computadores.

Demonstre um comportamento exemplar, passando mais tempo em família e longe dos eletrônicos sempre que possível.

Certifique-se de que um adulto esteja sempre presente durante o uso de dispositivos eletrônicos, evitando o acesso solitário, especialmente em quartos fechados.




Referência








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