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  • Foto do escritorRonaldo Gorga

Os esportes fazem bem para o cérebro



Atualmente, o envolvimento dos estudantes em atividades esportivas no ensino médio alcançou um patamar sem precedentes. Aqueles que participam de esportes competitivos podem desfrutar de vários benefícios tanto físicos quanto espirituais. A prática esportiva ajuda a reduzir a incidência de obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. Além disso, ela contribui para o aprimoramento da função cardiovascular e pulmonar e aumenta a probabilidade de que os jovens mantenham um estilo de vida fisicamente ativo ao longo de suas vidas.


Estudos apreciados que praticam esportes regulares apresentam menor propensão ao uso de drogas e tabagismo. Além disso, atletas do sexo feminino possuem uma redução de 80% nas chances de engravidar durante o ensino médio em relação às colegas que não praticam atividades esportivas. A prática esportiva também tem impactos positivos no rendimento acadêmico, com alunos esportistas apresentando notas mais elevadas, frequência escolar mais consistente e maior probabilidade de ingressar no ensino superior.

Em uma pesquisa com 75 empresas da Fortune 500, os pesquisadores descobriram que 95% dos vice-presidentes praticavam esportes no ensino médio. Um dos riscos de praticar esportes de contato total, no entanto, é um ferimento na cabeça, que os especialistas estimam que ocorre 300.000 vezes por ano durante o ensino médio e os torneios intercolegiais.



Praticar esportes desenvolve a aptidão mental e a resposta sonora

Os benefícios da prática esportiva estão diretamente ligados à capacidade física e mental. Pesquisadores em neurobiologia da Universidade Northwestern têm se dedicado a investigar como o cérebro responde a estímulos sonoros. Usando um conjunto de eletrodos fixados no couro cabeludo, eles são capazes de capturar uma resposta elétrica do cérebro aos filhos e reproduzi-la através de um alto-falante.


A pesquisadora chefe Nina Kraus comentou que essa metodologia fornece informações sobre a saúde do sistema nervoso. Sua equipe descobriu que aqueles que são expostos à linguagem e ao estímulo musical durante o crescimento são menos propensos a ter estática neural ou a geração de excesso de atividade elétrica.


Por outro lado, um ambiente com restrição musical ou linguística pode resultar em atividade cerebral ruidosa, prejudicando a capacidade auditiva do indivíduo. Conforme apontado por Kraus, a prática esportiva pode conferir ao cérebro do atleta maior habilidade para filtrar o ruído de fundo e melhorar a percepção de informações auditivas.


"O cérebro tem fome de informações e, na verdade, cria atividade elétrica quando não chegam informações o suficiente. Ele cria atividades aleatórias e estáticas, o que, no final, é mais um problema porque atrapalha a compreensão do som".

Os pesquisadores fizeram estudo transversal envolvendo 988 estudantes atletas. Eles avaliaram o processamento auditivo dos atletas medindo a resposta de frequência (FFR) através de eletrodos aplicados no couro cabeludo.


O pesquisador optam por utilizar o FFR (Potencial de Frequência-Following) por sua sensibilidade às experiências do indivíduo, constatando que as lesões interferem na sua amplitude. A equipe realizou a amplitude do FFR em resposta a estímulos sonoros, comparando-a com a amplitude do ruído de fundo e estabelecendo uma proporção entre essas medidas. Os resultados revelaram que os atletas seguiram respostas mais acentuadas do que indivíduos não praticantes de atividades esportivas, levando os pesquisadores à conclusão de que:


“Essas descobertas sugerem que praticar esportes aumenta o ganho de um sinal auditivo, diminuindo o ruído de fundo. Esse modo de aprimoramento pode estar vinculado ao nível geral de condicionamento físico dos atletas e / ou à crescente necessidade de um atleta de se envolver e responder a estímulos auditivos durante a competição.”


Esportes podem diminuir o ruído cerebral

Kraus acredita que a capacidade da audição direcionada durante esportes competitivos ajuda a "sintonizar o cérebro para entender melhor o ambiente sensorial de alguém". Isso dá ao atleta a vantagem de poder ouvir o treinador gritando do lado de fora, acima do barulho dos espectadores, atenuando os outros ruídos do ambiente.


Os pesquisadores da Northwestern teorizaram que, com um sistema nervoso saudável, os atletas podem lidar melhor com lesões e outros problemas de saúde do que aqueles que não praticam esportes. Kraus explicou que entender o que é ouvido pode ser uma das funções mais difíceis do cérebro. O tom, o tempo e as harmônicas do som devem ser combinados com a compreensão do significado em microssegundos.


Este estudo é uma das mais pesquisas pesquisas patrocinadas pelos Institutos Nacionais de Saúde sobre o processamento neural relacionado às concussões em esportes. A expectativa é que, através da análise das respostas elétricas do cérebro após uma concussão, seja possível identificar quando um atleta estará apto a retornar às atividades esportivas de contato pleno, sem riscos de agravamento dos danos aéreos.


Benefícios cerebrais da linguagem e da música

Além disso, a pesquisa constatou que lesões na cabeça podem afetar o processamento auditivo, o que torna relevante entender como essa melhora pode reduzir o potencial de dano cerebral. Kraus destacou que tocar um instrumento musical ou aprender um novo idioma pode aprimorar a capacidade do cérebro em processar sinais, mas não influencia o ruído de fundo. Em resumo:


"Todos ouvem o 'DJ' melhor, mas os músicos ouvem o 'DJ' melhor porque aumentam seu som e reduzem todos os outros ruídos do ambiente".


O benefício óbvio de ser bilíngue é a capacidade de se comunicar com pessoas de todo o mundo. A maioria das pessoas nos EUA acredita que aprender um segundo idioma é valioso, embora não necessariamente essencial. No entanto, como uma tarefa desafiadora para o seu cérebro, aprender um novo idioma é benéfico.


Ao serem considerados, os indivíduos bilíngues apresentam maior quantidade de massa cinzenta associada à cognição, bem como maior controle cognitivo, flexibilidade mental e habilidade em lidar com tarefas que procuram alternância e gestão de conflitos. Em idosos, tais características podem proporcionar benefícios prolongados, já que os bilíngues apresentam maior reserva cognitiva, auxiliando o cérebro a lidar com patologias.


Naqueles que atualmente sofrem de um distúrbio neurológico como o Alzheimer, o simples ato de ouvir música pode ajudar a se reconectar com o mundo ao seu redor. Alguns desses benefícios parecem vir da familiaridade. Os estudos de imagem mostram quando você ouve as áreas musicais do seu cérebro, criando e liberando dopamina.


Até mesmo um leve ferimento na cabeça pode ter consequências durante a vida toda

De acordo com alguns esperados, cerca de 90% da população já sofreu algum tipo de lesão na cabeça em algum momento de suas vidas. Estas lesões podem ser causadas por esportes, acidentes de carro, escorregões ou quedas e podem variar de lesões traumáticas leves a graves. Infelizmente, muitos casos não são tratados ou tratados, o que aumenta o risco de concussões de baixo grau e pode resultar em disfunções neurológicas no futuro.


De acordo com um estudo, uma única concussão pode aumentar seu risco de Mal de Parkinson, um problema degenerativo e progressivo. Os sintomas incluem tremores, movimentos lentos, membros rígidos e postura curvada. A condição também está associada à depressão, demência, comprometimento da fala e alterações de personalidade.

No entanto sofrido uma lesão cerebral traumática não equivale automaticamente ao desenvolvimento de Parkinson, embora aumente o risco.


Neste estudo, uma concussão foi definida como perda de consciência por até 30 minutos, alteração da consciência ou amnésia por até 24 horas. O autor do estudo, um neurologista da equipe do San Francisco Veterans Affairs Medical Center, observou que o estudo incluiu todos os veteranos nos EUA que foram diagnosticados em um VA Hospital.

A quantidade de informações contidas nele ofereceu o mais alto nível de evidência publicado até o momento e tem implicações importantes, pois muitos dos ferimentos sofridos por veteranos ocorreram durante sua vida civil e não durante o serviço militar.


Muitas vezes, os sinais de uma lesão na cabeça são negligenciados, já que podem não parecer graves o suficiente para exigir cuidados médicos. Os sintomas típicos de um traumatismo craniano incluem dificuldade de concentração, perda de memória, alterações de humor, redução da capacidade de focar em tarefas planejadas e problemas para dormir.


Independentemente de quão grave seja uma lesão na cabeça, é importante atender cuidadosamente a quaisquer mudanças psicológicas que ocorram nas semanas seguintes. Esses sinais indicam uma cascata inflamatória no sistema nervoso que se apresenta como efeitos psicológicos e cognitivos.


Reduza seu risco de concussão

Embora muitos adultos possam notar alterações psicológicas e neurológicas, as crianças geralmente não percebem. Eles exigem um monitoramento cuidadoso das mudanças de comportamento e funcionamento. O acúmulo de concussões de baixo grau ao longo do tempo pode acelerar o desenvolvimento de demência.


Se uma pessoa tem uma tendência genética para desenvolver o Alzheimer e sofre uma lesão cerebral, o risco de desenvolver a doença pode aumentar ainda mais. Se essa pessoa também seguir uma dieta vegetariana e não praticar exercícios físicos, pode ocorrer uma intoxicação na degeneração neurológica.


Há diversas medidas que você pode adotar para ajudar a evitar uma concussão ou lesão cerebral traumática. Se o seu filho pratica esportes, certifique-se de verificar com o treinador, a escola ou a liga se possui um protocolo de concussão e descubra se eles compreendem suas preocupações acerca de seu filho se ferir durante uma partida.


Em alguns casos, um médico de emergência pode assinar para que seu filho retorne ao esporte dentro de algumas semanas após a lesão. Se houver sinais ou sintomas de uma lesão na cabeça, é importante procurar uma segunda opinião de um médico que geralmente trabalha com pessoas que sofrem de lesão cerebral.


Sempre use o cinto de segurança — Crianças e adultos devem usar cinto em um automóvel em movimento. Os bebês devem ter assentos voltados para a traseira do carro e nunca andar no banco da frente.

Nunca dirija ou entre em um carro conduzido por alguém sob influência de álcool ou drogas. Isso inclui medicamentos prescritos que podem alterar a capacidade de dirigir, como analgésicos opióides.


Use capacete — Durante qualquer atividade em que haja risco de cair e bater na cabeça, um capacete reduzirá o risco de ferimentos. Isso inclui andar em qualquer tipo de bicicleta, seja ela motorizada ou não, além de praticar esportes de contato ou beisebol. Proteja sua cabeça durante atividades individuais, como patinação e skate, cavalgadas, esqui ou snowboard.


Aumente a segurança de lares com idosos — Reduza o risco de queda em casa, removendo os riscos de tropeçar, usando tapetes antiderrapantes na banheira e no chuveiro, instalando barras de apoio e corrimãos, melhorando a iluminação e mantendo um programa regular de atividade física para melhorar a força e o equilíbrio.


Proteja as áreas de jogos — Quaisquer playgrounds em que a criança tenha um risco maior de cair, bater em barras ou saltar balanços devem ser protegidos com materiais que absorvam choque, como coberturas de madeira ou areia.


Proteja sua casa — Quando houver crianças em casa, use proteções nas janelas, portões de segurança e tapetes antiderrapantes na banheira e no chuveiro para reduzir o risco de queda. Nunca deixe uma criança sozinha em uma cadeira alta.



- Recursos e Referências


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