Quem sofre de enxaqueca sabe que ela é mais do que uma simples dor de cabeça. É uma dor muito intensa e que tem fases distintas. Esse distúrbio era considerado vascular, porém hoje após várias pesquisas foi comprovado que ele é de origem neurológica e que está relacionado a uma onda de atividades de células nervosas pelo cérebro todo.
A raiz da enxaqueca pode ser o mau funcionamento do tronco encefálico, porém existem vários debates acerca a causa especifica da enxaqueca, que permite o desenvolvimento de novos tratamentos, como por exemplo uma nova técnica que vem sendo testada, que são remédios que impedem a abertura das junções interrompendo o fluxo de cálcio entre as células cerebrais.
Cerca de 7% dos homens e 17% das mulheres sofrem desse mal, aproximadamente 300 milhões de pessoas em todo o mundo, mas mesmo assim até hoje é um dos distúrbios médicos menos compreendidos e maltratados. Uma parte do problema é que os sintomas das pessoas que sofrem de enxaqueca variam muito, além da dor latejante, que pode ser ou não unilateral, algumas pessoas sentem também:
Náuseas;
Vômitos;
Febre;
Calafrios;
Sudorese;
Sensibilidade a luz, som e cheiro.
Esta dor chega a ser tão forte que alguns pacientes consideram suicídio como uma solução razoável. Em media os quem sofre disto tem entre um e dois ataques por mês, 10 % deles tem ataques semanalmente, 20% tem por dois a três duas e 14% tem Mais de 15 dias por mês.
Antigamente a explicação para esta dor horrível era devido alterações vasculares no cérebro, de contrações dos vasos sanguíneos e uma diminuição no fluxo sanguíneo, seguidos pela sua dilatação e alongamento, que ativam os neurônios que sinalizam a dor. Mas pesquisas mais recentes mostram falhas nessa teoria, a enxaqueca é na verdade causada por um aumento de quase 300% no fluxo sanguíneo, porém durante a crise ele parece normal ou ligeiramente reduzida.
Embora a maioria das regiões do cérebro não registra ou transmite sinais de dor, os nervos trigêmeos transmitem. A dor é retransmitida através desses nervos para uma área do tronco cerebral que se chama núcleo do trigêmeo, a partir deste lugar é transmitida para o córtex sensorial do seu cérebro que está envolvido em sua consciência de dor e outros sentidos. Mas o que ativa seus nervos trigêmeos, desencadeando a enxaqueca ainda está sendo pesquisado, mas vem sido pensado em duas possibilidades. A primeira é que há uma liberação de uma onda de neurotransmissores através do córtex que pode estimular diretamente os nervos trigêmeos, desencadeando uma reação de cadeia que termina na transmissão de sinais de dor. A segunda é que a raiz da dor está no próprio tronco cerebral, pois é seu centro de controle de alerta, percepção de luz, ruído e cheiro, fluxo sanguíneo cerebral e sensibilidade a dor, muitos se não a maioria dos sintomas de uma crise de enxaqueca.
Uma tomografia feita em pacientes com enxaqueca revelou que 3 grupos de células no tronco cerebral que ficam ativada durante e depois de uma enxaqueca. A atividade nessas células poderia induzir a dor ao invés de inibirem os neurônios do trigêmeo, eles permitem que os trigêmeos disparem sinal de dor a vontade mesmo quando não houver dor, esta disfunção poderia explicar a sensibilidade a luz, odor e som que algumas pessoas sentem.
Se este achado estiver correto, podemos entender porque os remédios contra enxaqueca tem sido tal malsucedido. Os remédios são a base de triptamina, que atuam ligando-se aos receptores de serotonina nos vasos sanguíneos cranianos, fazendo com que eles se contraiam, mas se a dor não se deve aos vasos sanguíneos como se pensava antigamente, provavelmente este remédio não o fara muito bem, já que seus efeitos colaterais incluem ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.
Só quem tem essa dor sabe o quanto é ruim, por isso fique esperto em certas coisas que podem servir de gatilho para o aparecimento da enxaqueca:
Certos alimentos e bebidas: Muitas enxaquecas são causadas pelo consumo de certos alimentos como laticínios, açúcar, conservantes artificiais, carnes processadas, bebidas alcoólicas ou com cafeína ou aspartame estão nesta lista de risco.
Fome ou desidratação
Alterações na rotina de sono: A falta de sono ou o excesso podem desencadear uma enxaqueca
Estresse: qualquer tipo de trauma emocional pode desencadear uma crise, mesmo após ele ter passado.
Exercícios físicos: Exercícios muito intensos ou até mesmo o ato sexual são conhecidos por causar enxaquecas
Hormônios: Algumas mulheres têm enxaquecas antes ou depois de seu período menstrual, gravidez ou menopausa.
Estímulos externos: Luz muito forte, fluorescentes, ruído alto, cheiro forte desencadeiam enxaquecas
Alterações climáticas e alterações na altitude também são gatilhos para uma crise.
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