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Foto do escritorRonaldo Gorga

A relação do Ozempic com Pancreatite


20 de dezembro de 2024




O Ozempic e o Wegovy, agonistas do receptor GLP-1, são amplamente reconhecidos por sua eficácia no controle do diabetes tipo 2 e na promoção da perda de peso. No entanto, aumentam as evidências de que esses medicamentos podem estar associados a efeitos adversos, incluindo inflamações no trato digestivo e riscos de pancreatite.


Um estudo recente revelou que a semaglutida (Ozempic) pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento de pancreatite em pacientes diabéticos e com obesidade, levantando preocupações sobre sua segurança a longo prazo. Entre os efeitos adversos, destacam-se a gastroparesia, as doenças biliares e a obstrução intestinal, que podem agravar ainda mais as condições de saúde dos usuários vulneráveis.


Alternativas naturais para a perda de peso, como o estímulo ao GLP-1 por meio da dieta e o uso de compostos como a berberina, foram apontadas como estratégias seguras e eficazes para evitar esses riscos. Esses métodos buscam equilibrar o microbioma intestinal e melhorar a sensibilidade à insulina, sem os efeitos colaterais associados às opções farmacêuticas sintéticas.


Ozempic pode aumentar o risco de pancreatite


Estudos têm demonstrado uma associação significativa entre o uso de agonistas do receptor GLP-1, como o Ozempic, e um aumento na incidência de eventos gastrointestinais adversos, incluindo pancreatite aguda. Esses medicamentos atuam no sistema endócrino e no trato gastrointestinal para controlar os níveis de glicose, mas essa ação também pode desencadear respostas inflamatórias no pâncreas. Em indivíduos com histórico de cálculos biliares, hipertrigliceridemia ou outras condições predisponentes, o risco é ainda mais elevado, devido à susceptibilidade já existente para a inflamação pancreática.


Um estudo observacional de grande escala revelou que o uso de semaglutida elevou a taxa de incidência de pancreatite em comparação com outros tratamentos farmacológicos para obesidade e diabetes tipo 2¹. A análise destacou que pacientes com fatores de risco subjacentes apresentaram taxas de complicações mais altas, indicando a necessidade de critérios rigorosos na seleção de candidatos ao uso desse tipo de terapia. Embora ensaios clínicos randomizados possam ser limitados em capturar eventos raros devido ao tamanho das amostras, os dados acumulados sugerem fortemente que a vigilância clínica e o monitoramento regular de biomarcadores pancreáticos, como lipase e amilase, são essenciais para mitigar potenciais complicações a longo prazo². A compreensão desses riscos torna imperativo que médicos e pacientes discutam detalhadamente os benefícios e os perigos associados ao uso contínuo de agonistas GLP-1.




Um olhar mais atento sobre a relação entre a semaglutida e a inflamação pancreática


A semaglutida, um análogo sintético do peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1 (GLP-1), exerce sua ação farmacológica ao ativar receptores específicos presentes nas células beta-pancreáticas, promovendo a liberação de insulina dependente da glicose e suprimindo a secreção de glucagon. No entanto, o uso prolongado deste agonista pode desencadear alterações no trato gastrointestinal e sobrecarregar o pâncreas, especialmente devido ao atraso no esvaziamento gástrico, conhecido como gastroparesia farmacologicamente induzida. Esse mecanismo pode aumentar a pressão intraluminal nos ductos pancreáticos, resultando em edema, isquemia e consequente predisposição à inflamação pancreática.³


Estudos sugerem que a hiperestimulação crônica dos receptores de GLP-1 pode alterar a homeostase pancreática, exacerbando condições inflamatórias pré-existentes ou latentes, como a pancreatite. Além disso, hipóteses emergentes indicam que a pressão intra-ductal elevada pode levar à ativação inapropriada de enzimas digestivas dentro do tecido pancreático, iniciando cascatas inflamatórias locais. Embora a relação causal definitiva entre o GLP-1 e a inflamação pancreática ainda necessite de maior investigação, dados preliminares apontam para um potencial mecanismo envolvendo a interação entre o sistema endócrino e a função exócrina pancreática³. A compreensão aprofundada desses processos é essencial para mitigar riscos e desenvolver estratégias terapêuticas mais seguras.



Inibir o receptor GLP-1 pode desencadear riscos ao pâncreas


Os efeitos colaterais associados à modulação do receptor GLP-1 incluem não apenas distúrbios digestivos, como gastroparesia, mas também alterações no equilíbrio lipídico e metabólico, que podem criar um ambiente propício à inflamação pancreática. Estudos identificaram que o uso de agonistas do GLP-1, como a semaglutida, pode elevar o risco de pancreatite, especialmente em indivíduos com predisposição a doenças pancreáticas, como histórico de cálculos biliares ou hipertrigliceridemia. Essa associação se dá, em parte, pela interação complexa entre os receptores GLP-1 e as funções endócrinas e exócrinas do pâncreas, que pode desencadear um desequilíbrio homeostático com potencial lesivo ao tecido pancreático.⁴


Pesquisas emergentes também sugerem que a sobrecarga funcional induzida por esses medicamentos pode resultar em alterações histológicas, incluindo infiltração inflamatória e fibrose em casos mais avançados. Embora o mecanismo exato ainda necessite de elucidação, acredita-se que a ativação prolongada do GLP-1 possa comprometer os processos de autorregulação pancreática, aumentando a vulnerabilidade do órgão a processos inflamatórios e lesões estruturais. A investigação contínua sobre os efeitos adversos desses agentes é fundamental para informar decisões clínicas e estabelecer protocolos de monitoramento rigorosos durante o uso terapêutico prolongado.⁴


Proteja seu pâncreas com alimentos anti-inflamatórios naturais


A adoção de uma dieta rica em compostos bioativos com propriedades anti-inflamatórias pode ser uma abordagem adjuvante relevante na proteção contra processos inflamatórios pancreáticos. Alimentos como cúrcuma, rica em curcuminoides, e frutas cítricas, fontes de flavonoides, têm demonstrado reduzir marcadores inflamatórios, como interleucina-6 e proteína C-reativa, ao mesmo tempo que modulam o estresse oxidativo celular. O consumo regular de fibras alimentares e alimentos fermentados, ricos em probióticos, auxilia na regulação do microbioma intestinal, promovendo uma interação positiva com o eixo intestino-pâncreas e fortalecendo a barreira epitelial.


Evidências científicas também destacam o papel dos ácidos graxos ômega-3, presentes em peixes gordurosos e sementes de linhaça, na redução da resposta inflamatória sistêmica, protegendo tecidos sensíveis como o pâncreas. Estratégias alimentares bem planejadas podem, assim, atuar como ferramentas preventivas eficazes contra complicações metabólicas e inflamatórias associadas ao uso de agentes farmacológicos, complementando intervenções médicas e promovendo a saúde pancreática a longo prazo.⁵



A natureza já tem seu próprio protetor para o pâncreas


Compostos naturais, como a berberina, apresentam eficácia no controle do açúcar no sangue e na redução da concentração. Pesquisas indicam que a berberina pode ser uma alternativa segura e eficaz aos medicamentos sintéticos, oferecendo benefícios semelhantes no controle da glicose e proteção contra doenças inflamatórias, sem os efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos como o Ozempic. Estudos afirmam que a berberina não apenas melhora a sensibilidade à insulina, mas também pode reduzir a inflamação sistêmica, proporcionando uma abordagem mais holística e natural para a prevenção da pancreatite⁶.



Minimize a ingestão de gorduras trans para reduzir o risco de pancreatite


Dietas ricas em gorduras trans são conhecidas por agravar a inflamação sistêmica e sobrecarregar o pâncreas.⁸ O consumo excessivo de alimentos processados ​​e fast food, que frequentemente contêm essas gorduras, pode aumentar o risco de pancreatite. Reduzir o consumo desses alimentos e priorizar gorduras saudáveis, como as presentes no azeite de oliva e em peixes, pode ser uma estratégia eficaz para prevenir a pancreatite e proteger a função pancreática ao longo do tempo. Diversos estudos ressaltam a importância de uma alimentação equilibrada para reduzir os riscos associados às doenças metabólicas e pancreáticas⁷.



Referências




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