Seu nível de vitamina D pode ajudar a prever os efeitos da COVID-19
Em 2017, foi publicada na BMJ uma revisão de ensaios clínicos duplo-cego, randomizados e controlados por placebo utilizando as vitaminas D2 e D3. Os dados revelaram que a suplementação da vitamina D era "segura e que protegia contra infecções agudas no trato respiratório de forma geral". Também descobriram que as pessoas mais deficientes da vitamina eram as que recebiam os maiores benefícios da suplementação.
No dia 3 de abril de 2020, foi anunciado um ensaio clínico com o objetivo de investigar a eficácia da vitamina D contra a COVID-19. Dias depois, Mark Alipio — que não recebeu nenhum financiamento pelo trabalho — publicou uma carta, a qual divulgou dados de uma análise de 212 pessoas com COVID-19 confirmada em laboratório para as quais havia níveis séricos de 25(OH)D disponíveis.
Utilizando uma classificação dos sintomas baseada em uma pesquisa anterior, Mark empregou uma análise estatística para comparar os diferentes resultados clínicos com os níveis de vitamina D dos pacientes. Das 212 pessoas, 49 tinham sintomas leves; 59 tinham sintomas ordinários; 56 tinham sintomas graves e 48 tinham sintomas críticos.
Neste grupo, 55 tinham níveis normais de vitamina D, o qual Mark definiu como acima de 30 ng/ml; 80 tinham níveis insuficientes, de 21 a 29 ng/ml, e 77 tinham níveis deficientes, de menos de 20 ng/ml. Os níveis de vitamina D foram fortemente correlacionados à gravidade dos sintomas sofridos.
Dosagens individuais podem variar muito — É necessário testar seus níveis
Embora pesquisadores recomendem uma quantidade específica da vitamina, é impossível dizer de quanto seu corpo necessita, a não ser através de um exame de sangue. Ao testar seus níveis em casa, poderá manter-se longe de hospitais, a não ser que esteja sofrendo sintomas de infecções respiratórias graves, como dificuldades na respiração. Idealmente, seu nível de vitamina D deve estar entre 60 e 80 ng/mL.
Recomendações sobre as vitaminas C e D
Com base na disponibilidade de evidências científicas, não há razão para ignorar as vitaminas C e D para a prevenção e tratamento do COVID-19 e outras infecções respiratórias.
Lembre-se de testar seu nível de vitamina D. Faça isso em casa, e mantenha-se longe de hospitais, a não ser que esteja sofrendo sintomas de infecções respiratórias graves, como dificuldades na respiração. O nível adequado é de 60 ng/mL.
A única contraindicação ao tratamento com altas dosagens de vitamina C é quando o paciente tem deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), que é um distúrbio genético. O G6PD é necessário para que o corpo produza NADPH, que é necessário para transferir o potencial redutor para manter seus antioxidantes, como a vitamina C, funcionais.
Como os glóbulos vermelhos não contêm mitocôndrias, a única maneira de reduzir a glutationa é através do NADPH, e como o G6PD o elimina, causa a ruptura dos glóbulos vermelhos devido à incapacidade de compensar o estresse oxidativo.
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