Se você anda utilizando farinha de trigo integral, pois acredita que é melhor para sua saúde, deve ser porque você não conhece outras alternativas de farinha que existem. Enquanto há algumas que vale a pena implementar em sua alimentação, tem outras farinhas que devem ser evitadas a todo custo, pois muitas vezes são produzidas a partir de alimentos transgênicos.
É normal você escutar de algum amigo que certo tipo de farinha é fitness e faz bem para a saúde e já ir para o mercado testá-la, porém para você não ser enganado e usar uma farinha que pode trazer prejuízos para sua saúde e controle de peso, irei abordar as alternativas mais saudáveis.
Muitas das farinhas boas que irei abordar aqui são isentas de glúten, portanto se você tem doença celíaca, intolerância ao glúten ou escolheu tira-lo de sua alimentação é bem provável que você esteja familiarizado com algumas delas. O glúten é uma grande preocupação das farinhas porque interfere na capacidade do nosso corpo em quebrar e absorver nutrientes dos alimentos.
Além disso ele contribui para a formação de um "caroço de constipação" semelhante a uma cola no intestino que interfere na digestão adequada. O glúten não digerido estimula o sistema imunológico a atacar suas vilosidades (o que tem a função de aumentar a absorção dos nutrientes) resultando em dor, diarreia, constipação ou náusea.
As farinhas que irei abordar agora são as mais saudáveis que você pode escolher, são livres de glúten e trigo. Lembre-se de experimentá-las para descobrir qual delas se encaixam melhor em suas receitas.
Farinha de Amêndoa: Ela é feita de amêndoas com a pele, esse processo produz um produto final mais grosso. Essa farinha é mais doce do que as outras farinhas, contem pouco carboidratos e é rica em proteína e fibra. Uma boa fonte de cobre, magnésio, manganês, fósforo e vitamina E. Embora podemos substituir a farinha de trigo com a mesma proporção de farinha de amêndoa (1:1) essa farinha vai deixar os assados mais densos.
Farinha de Amaranto: Essa farinha contem todos os nove aminoácidos essenciais e é uma boa fonte de cálcio, ferro, magnésio e fósforo. Por ela ser uma farinha densa, você obterá melhores resultados misturando com outras farinhas. É ótima para engrossar ensopados e molhos brancos.
Araruta: Derivada da raiz da planta com mesmo nome, é um pó insípido e inodoro, útil como espessante. Ele é muito melhor que o amido de milho (que muitas vezes são transgênicos). Essa farinha contém uma boa quantidade de vitaminas do complexo B, ferro e potássio, mas nenhuma proteína.
Farinha de coco: Quando usada como substituta da farinha convencional, adiciona um sabor suave de coco ao mesmo tempo que garante uma uma textura rica e doçura natural. Ela ainda pode ser muito nutritiva, pois possui a maior porcentagem (48%) de fibra de que qualquer farinha. Também é rica em proteína e pobre em carboidrato. Como regra geral, você pode substituir 1/5 da farinha em uma receita com farinha de coco sem comprometer o sabor ou a textura do produto finalizado.
Farinha de painço: O painço tem uma estrutura parecido com trigo, porém é livre do glúten e trigo. Ainda tem um sabor doce e amanteigado. Ela é uma fonte de vitaminas B e oferece quantidades razoáveis de cobre, manganês, magnésio, potássio e zinco. Dito isto essa farinha contem goitrogênicos, substâncias alimentares conhecidas por prejudicar o metabolismo da tireoide e do iodo.
Farinha de sorgo: livre de glúten e trigo, é fonte de antioxidantes, vitaminas do complexo B, fibras, fósforo e proteínas do ferro. Tem um leve sabor doce, o que torna um bom complemento para misturas de farinha. Não funciona bem em substituições com farinha normal.
Farinha de tapioca: A farinha de tapioca é derivada da raiz de mandioca, usada como espessante para molhos, sopas e frituras.Devido ao seu sabor suave, se for usá-la para assar é bom misturar com outras farinhas. Se você for diabéticos essa é uma ótima farinha.
Usar alguma dessas farinhas alternativas exigirá paciência e pode ser um grande desafio, com certeza você deverá fazer algumas experiências/testes para conseguir atingir os resultados desejados. Porém os benefícios de viver sem glúten valem o esforça para retirar ele da dieta.
O maior ajuste será no entanto as suas expectativas para o produto final. Não importa as técnicas usadas é impossível replicar a elasticidade do glúten na maioria dos produtos assados. Com o tempo você adquira gosto por alimentos mais densos e planos feito com uma ou mais das farinhas alternativas.
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